
Por que os militares tomaram o poder em 1964?
A principal justificativa apresentada pelos militares que tomaram o poder em 1964 foi a aproximação do presidente João Goulart com o comunismo. Na visão dos líderes do golpe, Jango estaria prestes a tomar medidas radicais que levariam o Brasil a se tornar um país comunista na América do Sul.
O que muda com uma intervenção militar?
Se uma intervenção federal acontecer ela pode causar algumas alterações no modo de funcionamento do Estado. Na intervenção o Estado pode perder temporariamente a capacidade sobre algumas decisões, que passam a ser tomadas pelos militares responsáveis pela intervenção – chamados de interventores.
Quais os setores favoráveis e contrários ao golpe por que eram a favor ou contra?
Por que eram a favor ou contra? “Favoráveis ao golpe: grupos estrangeiros, militares e civis, latifundiários, comerciantes, grandes proprietários de imóveis.” “Prejudicados pelo golpe: operários, sindicatos, camadas populares, estudantes.” “Interesses econômicos, industriais, políticos, sociais.”
Como funciona uma intervenção militar em um país?
A intervenção militar se caracteriza por uma ação das Forças Armadas de um país em outro, sem a autorização do Estado intervindo. Da mesma forma, pode ocorrer dentro de um próprio Estado, quando as Forças Armadas deste país assumem o comando do mesmo.
Qual o motivo da intervenção militar no Brasil?
Segundo relatos publicados pelo Departamento de Documentação Histórica da Fundação Getúlio Vargas: “Os militares envolvidos no golpe de 1964 justificaram sua ação afirmando que o objetivo era restaurar a disciplina e a hierarquia nas Forças Armadas e deter a “ameaça comunista” que, segundo eles, pairava sobre o Brasil. …
Por que alguns historiadores dizem que a proclamação da República foi um golpe?
“Foi uma quartelada de uma minoria revoltosa de militares que não teve nenhum apoio popular. A própria proclamação foi um show de indecisões: Deodoro da Fonseca, por exemplo, só decidiu proclamá-la porque foi pressionado pelos membros do seu grupinho que precisavam de um militar de patente para representá-los.
Por que os historiadores consideram a Proclamação da República um golpe?
Alguns historiadores afirmam que a proclamação da República no Brasil pode ser considerado um golpe de estado porque o exército deliberadamente depôs Dom Pedro II, sem qualquer tipo de acordo diplomático ou de convocação de plebiscito para a população.
Como se o Castro vê a proclamação da República?
Celso Castro observa que a Proclamação da Republica foi um golpe militar de uma minoria republicana e positivista, sendo apenas de uma fração do Exército.
Golpe de Estado: conceito
Um golpe de Estado acontece quando um governo estabelecido por meios democráticos e constitucionais é derrubado de maneira ilegal – portanto, de uma forma que desrespeita esses processos democráticos (eleições diretas, por exemplo) e as leis de um país.
A comparação de 2016 com o golpe de 1964
Muito se tem falado a respeito das semelhanças entre os cenário políticos do Brasil de 1964 e do Brasil de 2016. Por isso, é interessante resgatar um pouco do que foi aquele momento da vida nacional, para ver se a comparação procede.
E agora, em 2016: é golpe?
52 anos depois do golpe de 64, o país vive mais uma vez momentos delicados e que nos fazem perguntar: é possível acontecer um novo golpe de Estado por aqui, em pleno 2016? O lema “não vai ter golpe” virou grito de guerra de grupos que apoiam o governo da presidente Dilma (ou então se declaram a favor da ordem democrática, não necessariamente a favor do governo).
Contexto histórico
O golpe de 1964 foi resultado de uma articulação política golpista realizada por civis e militares na passagem de 1961 para 1962. É importante esclarecer que, apesar dessa conspiração ter efetivamente surgido em 1961, a Quarta República Brasileira foi marcada por diferentes tentativas de subversão da ordem realizadas pela UDN.
Radicalização política
A conspiração em curso contra o governo de João Goulart foi resultado do temor de grupos conservadores com a ascensão dos movimentos sociais, como os movimentos de camponeses, operários e estudantes. A sociedade brasileira estava rachada ideologicamente entre direita e esquerda, e um dos grandes alvos de debate foram as Reformas de Base.
Enfraquecimento de Jango
No final de 1963, a situação do Brasil era caótica. Camponeses e operários urbanos estavam sublevados, as esquerdas exigiam a ampliação das reformas e defendiam uma postura mais enérgica do governo, e as direitas articulavam-se com as Forças Armadas pela tomada do poder. Nesse contexto, João Goulart deu demonstrações de enfraquecimento.
Março de 1964 e o golpe
A situação no Brasil continuou extremamente instável e, em março de 1964, tomaram-se as ações que definiram o destino do país. A conspiração dos grupos da extrema-direita estava a pleno vapor, e uma ação de Jango desencadeou de maneira antecipada o golpe no Brasil. Em 13 de março de 1964, foi realizado o Comício da Central do Brasil.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente, a política brasileira se apresenta desfigurada pela astuto protagonismo político-partidário levado a cabo por alguns órgãos do poder judicial que sem delegação popular, mas em concerto com membros do Ministério Público, decidiram, unilateralmente, tutelar o resultado da última eleição presidencial (2014), pelo meio do favorecimento ideológico de grupo político derrotado nesta eleição..
2. OS SINETES DO GOLPE: O PROCEDIMENTO JUDICIAL CONTRA O REGIME DEMOCRÁTICO
Certamente, nesses dias que se passam ainda se mostra impraticável assegurar qualquer previsão sobre as consequências da crise política brasileira que alcança os Poderes, Órgãos e Instituições do Estado [3]. A tensão política invade a própria sociedade civil e seus espaços dialógicos, privados e públicos.
Alfredo Canellas Guilherme da Silva
Alfredo Canellas Guilherme da Silva. Professor do Curso de Graduação das disciplinas Direito Constitucional e Ciência Política na Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro – RJ), ano de 2001 até 2018. Bacharel em Direito pela Universidade Veiga de Almeida – UVA – RJ. Especialização em Direito pela Universidade Estácio de Sá/ UNESA – RJ.
Vice reeleito
O movimento que levou ao golpe civil-militar que interrompeu a democracia no Brasil por 21 anos começou anos antes de 1964. Em agosto de 1961, Jânio Quadros (PDC, Partido Democrata Cristão) renunciou à Presidência. Ele fora eleito em uma coalizão articulada pela UDN, que contou ainda com PTN, PL e PR.
Ação militar
Em 1964, a tensão aumentou quando Jango –enfraquecido pelos problemas econômicos e sob pressão de opositores e da opinião pública– apoiou marinheiros e fuzileiros navais que contrariaram ordens de seus superiores no episódio conhecido com a Revolta dos Marinheiros.
